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Exu de Umbanda Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (Redirecionado de Arranca toco) Ir para: navegação, pesquisa Exu de Umbanda são espíritos de diversos níveis de luz que incorporam nos médiuns de umbanda, omoloko, catimbó, batuque, xambá e candomblé de caboclo.

Nos candomblés de Ketu e Jeje não há incorporação de espíritos oficialmente, já nos candomblés de Angola pode-se encontrar casas que adotem a incorporação de Exus, Pomba-giras, Boiadeiros e Marinheiros.

Exú é um agente mágico universal. Porém, o Exu (Orixá) não incorpora para dar consulta, e Exu de Umbanda são os exus que incorporam para dar consulta.



[editar] Exu na Umbanda A Umbanda também cultua Exu, contudo, a prática ritual é bastante diferente do Candomblé. Na Umbanda não se manifesta o próprio Orixá e sim seus mensageiros, espíritos que vem em terra para orientar e ajudar. Quando incorporam, se caracterizam alguns com capas, cartolas, bengalas (masculinos), e saias rodadas, brincos, pulseiras, perfumes, rosas (femininos, também chamados de Pomba-giras). Mas não necessariamente os médiuns se utilizam destas vestimentas para a incorporação do Exu. Cada terreiro trabalha de uma forma diferente, alguns centros uniformizam a roupa dos médiuns, onde todos vestem branco.



[editar] Natureza e incorporação de Exus Encontramos aqueles que crêem que os Exus são entidades (espíritos) que só fazem o bem, e outros que crêem que os Exus podem também ser neutros ou maus. Observe-se que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de Umbanda - e mesmo de Candomblé - não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s), quase sempre, por falta de estudo da religião. Na verdade, essa Entidade não deve ser confundida com o (obsessores), apesar de transitar na mesma Linha das Almas (uma das três linhas independentes) sendo o seu dia a segunda-feira, ficando sob o seu controle e comando os, espíritos atrasadíssimos na evolução e que são orientados pelos Exus para que consigam a evolução através de trabalhos espirituais feitos para o bem.

Sua função mítica é a de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas do homens aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é tomado pela energia e pela consciência do seu Exu. É ele quem traduz as linguagens humanas para a das divindades. Por isso, é imprescindível a presença dele para a realização de qualquer trabalho, porque é o único que efetivamente assegura em uma dimensão o que está acontecendo na outra, abrindo os caminhos para os Orixás se aproximarem dos locais onde estão sendo cultuados.

O poder de comunicar e ligar, confere a ele também o oposto, a possibilidade de desligar e comprometer qualquer comunicação. Se possibilita a construção, também permite a destruição. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas, cemitérios, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas de entradas e saídas.

Há algumas diferenças na maneira de ver Exu no Candomblé e na Umbanda. No primeiro, Exu é como os demais Orixás, uma personalização de fenômenos naturais. O Candomblé considera que as divindades, ou seja, os Orixás incorporam nos médiuns (cavalos ou aparelhos). Na Umbanda, quem incorpora nos médiuns, além dos Caboclos, Pretos Velhos e Crianças, são os Falangeiros de Orixás, representantes deles, e não os próprios.

A Umbanda vê os Exus não como deuses, mas como uma entidade que busca através da caridade a evolução. Em síntese o grande agente mágico de equilíbrio universal. Nos terreiros sérios julgam-no como um dos maiores, se não o maior executor da Lei Kármica, embora, às vezes inconscientemente. Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde se opera com forças ou entidades do baixo astral. E também são considerados como "policiais", que agem pela Lei, no submundo do "crime" organizado e principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. As "equipes" de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela. Passam, a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela.

Esses espíritos utilizam-se de energias mais "densas" (materiais). Note-se que essas entidades podem realizar trabalhos benignos, como curas, orientação em todos os setores da vida pessoal dos consulentes e praticar a caridade em geral. A condição de Exu para um espírito é transitória, podendo este, uma vez redimidas suas dívidas perante a Lei Divinaseguir no mundo dos espíritos em escalas mais elevadas de evolução (podem passar a pertencer a falanges de Pretos Velhos etc). Essas falanges, e outras, são a divisão ou escala à qual pertencem os espíritos, mais ou menos equivalentes à escala espírita definida por Kardec.

Os trabalhos malignos (os tão famosos "pactos com o diabo" ), como matar por exemplo, não são acordos feitos com os Exus, mas com os Kiumbas que agem na surdina e não estão sob a orientação de algum Exu, fazendo-se passar por um deles, atuando em terreiros que não praticam os fundamentos básicos da Umbanda que são: existência de um Deus único, crença de entidades espirituais em evolução, crença em Orixás e Santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual, crença em guias mensageiros, na existência da alma, na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium, e o uso de ervas e frutos. Jamais maldades, e caridade acima de tudo.

Os Exus são confundidos com os Kiumbas, que são espíritos trevosos ou obsessores, são espíritos que se encontram desajustados perante à Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.

O verdadeiro Exu não faz mal a ninguém, mas joga para cima de quem merece, quem realmente é mau, recebe o mau de volta através da força dele. Ele devolve, as vezes até com mais intensidade os trabalhos malignos que alguns fizeram contra outros. Alguns Exus foram pessoas como políticos, médicos, advogados, trabalhadores, vadios, prostitutas, pessoas comuns, padres etc, que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados; outros são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal. Em seus trabalhos de magia, Exu corta demandas, desfaz trabalhos malignos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos obscuros, sem luz (Kiumbas). Ajudam a limpar, retirando os espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

A Doutrina Espírita trata-os como espíritos imperfeitos, almas dos homens que, por terem cometido crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difíceis provas, cujo único objetivo é o de que possam compreender a extensão do mal que praticaram em outras vidas.

De um modo geral, pode-se dizer que nos terreiros sérios de Umbanda independentemente da gira ou engira (Lei) que sigam, assim como os Centros Espíritas, manifestam-se os mesmos seres, espíritos ou energias vivas e inteligentes que são a essência de nós mesmos.

Uma verdadeira casa de caridade é sempre reconhecida pela gratuidade dos serviços prestados a quem procura ajuda em um Centro Espírita ou Centro de Umbanda.

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.

O chamado “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de "Guias".

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagãos” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.